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Nacional-faixismo

Um movimento social-nacionalista. Um estado de espírito que emprenha o país, do Portugal profundo à socialite ranhosa da Caras, e que leva os portugueses a circular na faixa errada. Como movimento, existe na versão faixismo de esquerda - a mais agressiva, e na versão faixismo de centro. A versão faixismo de centro é, como no resto, provavelmente maioritária, abrangendo os que andam devagar mas têm vergonha de não andar depressa. A versão faixismo de direita é imobilista. É adoptada pelos indígenas que não circulam e encalham o chaço em 2ª fila enquanto vão fazer umas comprinhas, que duram um par de horas.

Neo-coisismo

É uma categoria conceptual que engloba a reencarnação sob novas vestes de doutrinas filosóficas, religiosas, políticas, militares, etc. eventualmente existentes no passado. As criaturas que defendem essas essas reencarnações doutrinárias são os neo-coisistas.

Exemplos: doutrinas políticas como o neo-liberalismo (eventualmente o socialismo pobre e endividado, d’après Abrupto) ou o neo-conservadorismo (o conservadorismo revolucionário), doutrinas económicas como o neo-keynesianismo (o keynesianismo que ainda não percebeu que as despesas públicas já não são 20% do PIB) ou doutrinas religiosas como o neo-benfiquismo (o benfiquismo de Jesus).

Neo-liberalismo

«Neo-liberalismo … essa forma moderna de designar um socialismo pobre e endividado.»

[JPP na Sábado, via Abrupto].

News-speak


George Orwell no seu «1984» imaginou uma nova língua (newspeak) criada no estado totalitário Oceania (uma União Soviética ficcionada) para controlar o pensamento dos indivíduos prevenindo o crimethink - um pensamento desviante do Partido – e pastoreando-os para o goodthinkful.

A news-speak é a língua adoptada pelo jornalismo de causas para escrever (ou ler) as notícias em conformidade com a vulgata da esquerdalhada, episodicamente representada pela geringonça. Exemplos? Inúmeros, veja a etiqueta artigo defunto.

Nós vistos por eles

Ver Áreas temáticas

«All the people like us are We, And everyone else is They.» — Rudyard Kipling

Onde se dá voz aos estrangeiros que falam de nós, em particular aos desgraçados que têm que nos aturar todos os dias. Não têm aqui lugar os que eram merdas nos seus países natais e, passados alguns anos em Portugal, aculturados à força de sol e vinho tinto, têm os mesmos vícios dos portugueses, sem terem nenhuma das suas virtudes - o Impertinências, infelizmente, já teve ocasião de lidar de perto com vários. Quem aqui tem lugar são os estrangeiros que gostam do país e dos portugueses (duma parte deles, pelo menos) mas detestam a mediocridade que os portugueses segregam quando se juntam em grandes rebanhos.

Novos situacionistas

Durante as quase 5 décadas que durou o salazarismo, os adeptos do «Regime», também conhecido por esses adeptos e pelos seus opositores como «Situação», eram, com toda a propriedade, chamados «situacionistas». É por isso que, igualmente com toda a propriedade, Helena Matos escreveu, referindo-se aos instalados no aparelho socialista, «os contestatários dos anos 60, são agora a Situação».

É, por isso, que também no (Im)pertinências já se tinha feito equivaler, ao menos como caricatura, o Estado Social ao Estado Novo, o Partido Socialista à União Nacional, as Juventudes Socialistas à Legião, o Socras ao Botas, ficando, por agora, ainda pendente a PIDE, que durante o marcelismo foi rebaptizada de DGS (Direcção-Geral de Segurança), um nome bastante aceitável no contexto do socratismo.